1.3.11

 E vou-te guardar para sempre. Primeiro, porque te amo e, segundo, porque tenho a certeza que mesmo que o destino se vire um dia contra nós irás ficar gravado em tudo o que é meu, em cada pedacinho de cetim que encontrem na minha voz, em cada bocadinho de alma que achem no meu olhar carregado por ti. Porque, e aí te prometo, sempre que olharem para mim verão que em cada canto do meu sorriso existirá sempre algo dessa tua suavidade e da tua loucura, daqueles traços que te revestem e que me fazem ser tão louca por ti. Lembra-te em cada bocadinho de mim irás estar sempre tu porque, ao fim e ao calhas, é assim que as pessoas se guardam para sempre, porque alguém as leva consigo para sempre também. Amo-te e é por isso que te vou levar comigo também. Porque conseguiste agarrar o meu coração e o continuas a fascinar à medida que o tempo passa por nós. Eu amo o destino sabias? E acabei por te amar a ti também. E verdade, vou-te guardar para sempre. Mesmo que o mesmo destino que nos juntou se vire contra nós, mesmo que o meu amor que nos juntou se vire contra nós. Dizem por aí que tudo o que vem, vai... mas tu não, tu ficas. Tu ficarás para sempre. Porque sabes? O que brilha para mim, por mais que os teus olhos iluminem o meu dia, por mais que o teu sorriso enalteça o meu, por mais que o teu abraço me leve ao paraíso, não é apenas isso. O que brilha para mim é a forma como reduzes o teu olhar a formas tão simétricas ao meu, como o teu sorriso se transforma sempre que se encontra com as sombras do meu, como sorris tão exasperadamente como se eu te pudesse fazer o homem mais feliz de mim e no facto te faço, como o teu abraço encaixa tão perfeitamente em mim, duma forma única e especial como só tu sabes fazer. O que brilha para mim é isso, aquilo a que nem o tempo e nem o destino poderiam roubar: as reticencias que ninguém lê, o barulho que ninguém ouve. Aquele silêncio que acabou por ser nosso e que me enche tão bem a alma. E me aquece o coração.

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